• Sem categoria

Cantar na Liturgia ou cantar a Liturgia? Função minsiterial do canto Liturgico

Cantar na Liturgia ou Cantar a Liturgia?                    

Orientações gerais sobre a liturgia, mas, sobretudo a “Liturgia cantada” à luz dos documentos da CNBB. “Estudos sobre os cantos da Missa-12, “A música Litúrgica no Brasil-79 “, e outras contribuições em publicações atuais lançadas pelos Liturgistas do Brasil e comunidades que vivem a animação Litúrgica. Acompanhará também, nesta página, orientações sobre uso da voz, considerando ser a voz humana um instrumento sagrado para a transmissão do recado divino que necessita não só de  cuidados especiais mas de orientações adequadas para melhor exercer o ministério a serviço do povo de Deus. “Nosso Deus merece harmonioso louvor.”

Função Ministerial do Canto Litúrgico

CANTO DE ABERTURACumpre antes de tudo o papel de criar comunhão. Seu mérito é de convocar a Assembléia pelas vozes, juntar os corações no encontro com o Ressuscitado. Este canto tem a função também de deixar a Assembléia num estado de ânimo apropriado para escuta da Palavra de Deus. Deve ser um canto com estrofes e fácil para cantar.

GLÓRIA ” Não constitui uma aclamação trinitária. Como é um texto Bíblico, o hino do Glória não seja substituído por qualquer hino de louvor ou por paráfrases que se distanciam demasiadamente do seu sentido original. (Lc 2, 14) “Glória a Deus no mais alto dos céus, e paz na terra aos homens por ele amados”.

SALMO – Como parte integrante da “Liturgia da Palavra”,  o Salmo é sempre um texto Bíblico. O canto do Salmo é ajustado à Leitura que o precede, não pode ser substituído, então, por um outro canto qualquer sobre a Palavra de Deus, como durante certo tempo se andou fazendo com os chamados “cantos de meditação”, por falta, é claro de cantos apropriados, o que não é mais o caso de hoje.

A PALAVRA – É para entrar no início da Celebração, pois tudo é Palavra de Deus. Pode ser dado um destaque antes  de ser proclamada com cantos ou danças.

ALELUIA – Aclamar o Evangelho com “Aleluia” e um  versículo antes do Evangelho ser proclamado  e quando não cantado, pode ser substituído por um momento de reflexão em silêncio. É de bom costume repetir o “Aleluia” após o Evangelho, como já ocorre em algumas comunidades.

OFERENDAS – Este canto,  acompanha o gesto de colocar os bens em comum, para as necessidades da comunidade (Rm 12,1-2; Ef 4, 28). Juntamente com o pão e o vinho que serão Consagrados e partilhados na Ceia do Senhor, serve de introdução à Liturgia Eucarística. À refeição memória do Senhor. A letra deste canto não precisa falar, necessariamente, de pão e de vinho ou ofertório, mas pode ser um texto apropriado de louvor ou a própria oração cantada.”Bendito sejas, Senhor Deus do universo, pelo pão que recebemos…

 SANTOÉ para concluir o prefácio da Oração Eucarística. O povo todo aclama o Senhor com palavras que Isaías ouviu os Serafins cantarem no Templo, na sua visão (Is 6,3 e Mt 21,9). Forma: por este canto pertencer a comunidade toda, eventuais arranjos de vozes para o corro nunca impeçam a participação do povo, mas antes a favoreçam e a reforcem. Recomenda-se que o canto se atenha à própria Aclamação, sem se introduzir alterações no texto, mediante paráfrases.

CANTO DE COMUNHÃO – O canto de comunhão visa, muito especialmente, a fomentar o sentido da unidade. É o canto que expressa o gozo pela unidade do Corpo de Cristo e pela realização do Mistério que está sendo celebrado. A letra não se reduza excessivamente subjetiva, individualista, intimista e sentimentalista da comunhão. A antífona do canto em geral retoma um texto do Evangelho do dia e assim revela a profunda unidade entre a Liturgia da Palavra e a Liturgia Eucarística e evidencia que a Comunhão, implica um compromisso de realizar, no cotidiano a mesma entrega do Corpo e Sangue de Cristo, oferecidos uma vez por todos.

O canto não é parte integrante da Liturgia, o canto é a própria Liturgia cantada.

Ir. Lúcia Silva, IMC – Formação Litúrgica Musical