Ir. Maria das Neves M. Franco, Superiora Geral das Irmãs Missionárias Capuchinhas eleita para compor a Diretoria da USGCB

Irmã Maria das Neves Martins Franco, Superiora Geral das Irmãs Missionárias Capuchinhas, participou nos dias 27 e 30 de agosto da 44ª Assembleia Eletiva  a sua União das Superioras-Gerais de Congregações Brasileiras (USGCB), realizada  com a presença de aproximadamente 60 religiosas, de diversos Institutos e Congregações que têm sede geral no Brasil. O encontro, acontece no Eventos e Hospedagem Sagrada Família, em São Paulo (SP).Temos como Tema: “Artesãs do cuidado como Peregrinas da Esperança”. A Santa Missa de abertura foi presidida por Dom Ângelo Ademir Mezzari. Na cerimônia de abertura, foi ouvida a  Mensagem da Irmã Maria Freire da Silva, ICM, Delegada da USGCB e Diretora Geral Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria. Delegada USGCB.

“Queridas Irmãs, Superioras Gerais e Irmãos! Com imensa alegria diante dessa Assembleia quero expressar toda minha gratidão para juntas e juntos fazer dessa Assembleia a Literatura da Escuta, do discernimento, da comunhão e da participação na construção da sinodalidade. Como disse Papa Francisco em sua Carta: “de uma forma ou de outra, a literatura tem a ver com o que cada um de nós deseja da vida, uma vez que entra numa relação íntima com a nossa existência concreta, com as suas tensões essenciais, com os seus desejos e os seus significados. Nossa Assembleia apresenta e nos provoca, gerando um impacto através do Tema escolhido: “Artesãs do cuidado como Peregrinas da Esperança”, o que requer de nós, a sabedoria literária para nos enveredarmos nos aspectos que vamos estudar e refletir, como também tomar nossas decisões e encaminhamentos com a nova equipe da USGCB. 

O Papa ainda cita: “Com grande razão, o Concílio Vaticano II afirma que «a literatura e as artes […] procuram dar expressão à natureza do homem» e «dar a conhecer as suas misérias e alegrias, necessidades e energias» [3]. Na verdade, a literatura inspira-se na quotidianidade vivida, suas paixões e acontecimentos reais, como «a ação, o trabalho, o amor, a morte e todas as pobres coisas que enchem a vida» [4]. Graças ao discernimento evangélico da cultura, é possível reconhecer a presença do Espírito na variegada realidade humana, ou seja, é possível captar a semente da presença do Espírito já plantada nos acontecimentos, sensibilidades, desejos, tensões profundas dos corações e dos contextos sociais, culturais e espirituais. Podemos reconhecer uma abordagem semelhante, por exemplo, nos Atos dos Apóstolos, onde é mencionada a presença de Paulo no Areópago (cf. At 17, 16-34). Falando de Deus, Paulo diz: «É nele, realmente, que vivemos, nos movemos e existimos, como também o disseram alguns dos vossos poetas: “Pois nós somos também da sua estirpe”» (At 17, 28). Não esqueçamos o quanto é perigoso deixar de ouvir a voz do outro que nos interpela! Caímos imediatamente no isolamento, entramos numa espécie de surdez “espiritual”, que também afeta negativamente a nossa relação conosco próprios e com Deus. Portanto, nós Superioras, superiores Gerais temos um mundo que nos conecta diariamente com notícias, tragedias, guerras, desgoverno das nações, lideranças e governança frágeis, a emergência climática e a governança global. No entanto, somos muitas que ainda afetamos em nossa Ação Missionária a nível mundial, no serviço aos pobres, os mais vulneráveis, mulheres e crianças em todos os Continentes, onde nossa Consagração tem marcado, fazendo o diferencial no seguimento discipular a Jesus Cristo. As Religiosas afrontam o desafio e um futuro incerto. Se somos artesãs do cuidado devemos cuidar da formação de Irmãs em sua capacidade de liderar, de visibilizar o Carisma, destacando quais são os pontos de força de ressurreição. É tempo de condividir esperança, altruísmo, vontade e liberdade no Projeto de Deus.Somos convocadas, como Superioras e Superiores, “a tocar a paz, a trazer o frescor dos dias vindouros, onde a força da profecia torna a mesa partilhada, arrumada no andar da esperança, alimentando os pobres.” Andemos até a raiz, comprometidas, interagindo com a força mística que desacelera a ansiedade de chegar a lugar nenhum, tornemo-nos vida na frescura da profecia, no cuidado com a vida, na leveza do andar no esperançar do Ano jubilar. No próximo Ano celebraremos o Ano Jubilar, o Ano Santo. Onde não é apenas passar pela porta Santa, proteger defender a vida, escutar a voz.A CRB Nacional, está celebrando 70 anos, a USGCB também irá celebrar 60 anos de Fundação. A UISG também realizará a sua Plenária e nela celebrará 70 anos de existência em 2025. Pretende ressignificar suas estruturas, sua forma organizacional a partir de seu Plano Estratégico. Isso diz respeito a nós. Estamos interligadas nesse conjunto global. Com abraço Trinitário. 

Durante a Assembleia aconteceu a Votação da nova Diretoria.