Um grupo de cem IMC refletiu sobre “Vida Religiosa Apostólica” de 22 a 24/02 na sede Geral em Fortaleza-CE
As Irmãs Missionárias Capuchinhas realizaram de 22 a 24 de fevereiro um encontro para refletir sobre: “Vida Religiosa Apostólica na Sede Geral da Congregação Porciúncula em Messejana Fortaleza- CE. oO encontro teve a participação de aproximadamente cem Irmãs de 36 Fraternidades de várias Regiões do Brasil e Moçambique. O encontro foi assessorado por Irmã Anntte Havenne que pertence a Congregação das Irmãs de Santa Maria. O enfoque principal no primeiro dia foi sobre “A Identidade da Vida religiosa, LOUCURA QUE DEUS ESCOLHEU PARA CONFUNDIR O MUNDO.” A Assessora motivou a dinâmica de uma grande roda com entrelaçamento entre as Irmãs, que comparando com a função dos cipós que tecem horizontalmente a floresta umas árvores com as outras, dando conectividade, maior estabilidade e permitindo que a vida transinte e flua. No dia seguinte com a oração comunitária à luz da Palavra de Deus e da Espiritualidade franciscana, provocou reflexão sobre a identidade da Capuchinha.
Em seguida, as perguntas apresentadas pela Assessora Irmã Anette foram: O que alimenta o fogo da paixão? O que me move é energia ou paixão? Qual a diferença entre VIDA DE COMUNIDADE e COMUNIDADE DE VIDA? Se sou movida com a energia fundande, sou centrada em Jesus. A paixão que falamos é fogo lento é o fogo o que me dá energia e vibração para o reencantamento da Vida Religiosa Consagrada. Se ninguém diz que você é louca, algo está errado. A loucura de que falamos é diferente de loucura diagnosticada pelos neurologista ou psiquiatras. Nós religiosos precisamos fazer alguma loucura. Se não fosse pela paixão fundante nós não estávamos aqui. No inicio da Congregação das Capuchinhas, cinco jovens do Cearenses saíram do Ceará para Santo Antônio do Prata, no Pará, para cuidar de um povo indígena em 1904, isso não é loucura? Porque tem vocações que se perdem hoje? Porque deixam de focar na sua identidade.
O que é importante e o que é essencial? Nem sempre sabemos porque entramos numa Congregação, mas sabemos porque ficamos. Crise faz parte do crescimento. Há uma diferença em perseverar e ser fiel. Ser fiel não é só repetir as coisas que nos pediram é reencantar para não perder o rumo. Mudar por mudar também pode não ter sentido e pode correr o risco de jogar fora o” balde com a criança”. Reestruturar é renovar o sentido. Uma crise pode me derrubar mas pode fazer crescer. Uma paixão contagia. Vida de comunidade é diferente de comunidade de vida.
Vida de comunidade são regra…e comunidade de vida sustenta a missão.
MISSÃO E PROFECIA À LUZ DA VIDA – o que dá sentido a Mistica? Dom Pedro Causadáliga disse duas coisas que não podem se relativizar: “Deus e a fome”. Precisamos cada dia reafirmamos a nossa identidade mistico-profética e reavivarmos a paixão pelo Reino, defendendo e promovendo a vida, assumindo a causa dos empobrecidos e construíndo relações humanas fraternas e solidárias. Precisamos redescobrir o sentido profundo da Vida Religiosa Consagrada, revitlizando a paixão por Jesus Cristo e seu e seu Reino, através da escuta da Palavra de Deus, a da oração encarnada, contemplação sapiencial da realidade, do compromisso discipular-missionário, da convivência com os irmãs e irmãs e da comunhão com toda a criação.
Irmã Benvenuta Maria a superiora Geral, agradeceu à Irmã Anette que colaborou com a reflexão do tema escolhido e em seguida fez a abertura da Assembleia da Congragação.