A vida espiritual e o cotidiano humano, nos poemas de Ir. Paula Maria, IMC, exibem brilho e vivacidade. Vejam!
Poetisa Irmã Paula, Missionária Capuchinha.
Perseguindo o gratificante labor de apresentar nossas artífices do verso, o espaço hoje é de Ir. Paula (Lindaura Sampaio Almeida ) que já tem publicados três volumes de suas Memórias de Uma vida.
Fé e vida são a matéria-prima que nossa Autora trabalha para fazer de cada poema seu uma jóia de raro valor; a vida espiritual e o cotidiano humano, nos versos de Ir. Paula, exibem brilho e vivacidade próprios que lhe dão intensidade singular.
Celebrando o centenário da Morte – Vida Nova do Servo de Deus Frei João Pedro de Sexto, Fundador das Irmãs Missionárias Capuchinhas, Congregação da qual é membro Ir. Paula Maria, iniciamos a série de suas poesias.
HOMENAGEM A FREI JOÃO PEDRO DE SEXTO SÃO JOÃO
Poema de Ir. Paula
vivo, perspicaz, penetrante:
expressão de responsabilidade,
vibrante, grave, humano e sóbrio.
É esta a personalidade que homenageamos:
zeloso por natureza, piedoso por convicção,
disponível como todo discípulo fiel;
bom é contemplar e ter bem perto tal paternidade.
É este o nosso muito amado Fundador.
Fundador de nossa querida Congregação,
respeitável, amoroso, incansável,
amigo de todos e de todas as horas.
É a você, Frei João Pedro, pai bondoso,
que prestamos esta nossa homenagem;
simples, muito simples mas com muito amor filial.
Receba a homenagem destas suas filhas.
Homenagear é dar ao outro o que ele merece,
é reconhecer o muito que é, foi, fez e faz;
você foi, e fez muito por nós,
pela Igreja, pelo mundo.
Você fez, sobretudo, que nós surgíssemos
na Igreja como Irmãs Missionárias Capuchinhas.
Somos fruto do seu zelo, oração e luta.
Por graça de Deus, somos obra sua.
Obrigada, lhe somos todas nós suas filhas,
porque você se deu e se deu tanto
que “gerou” a Congregação Religiosa
das Irmãs Missionárias Capuchinhas.
E você continua “gerando”
Noviças, Postulantes e Aspirantes,
Jovens cheias de fé e boa vontade,
Desejosas de doar-se também a Deus.
Obrigada, Frei João Pedro,
Mais uma vez, obrigada
Por todo o bem que você fez,
Em especial, no Norte e Nordeste do Brasil.
O QUE CANSA O HOMEM
Poema de Ir. Paula
Será a vida que cansa?…
neste caso, a morte é descanso.
Não… A vida não cansa,
o que cansa o homem
é o peso das injustiças conscientes,
frias e sarcásticas.
O que cansa o homem
é ver o bem que faz
ou que pensa fazer
ser tomado como mal.
O que cansa o homem
é ser desonrado
por aqueles que ama
e tanto procura honrá-los.
O que faz o homem cansar
é a dureza de seus irmãos
quando usam de uma farsa
de uma máscara do bem
mesmo em detrimento daquele
que, na verdade, é seu irmão.
O que cansa o homem
é, numa palavra,
ser tomado como mau
porque faz o bem
sem olhar a quem.